A arte de ensinar e interpretar em libras.

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Grupo Tom Brasil - A Primeira casa de espetáculos com acessibilidade para os SURDOS com a LIBRAS

18/07/2012 Surdos curtem teatro, filme, música, youtube. Gostam de transmissões e legendas que não resumam idéias. A frase, retirada do site SULP (Surdos Usuários da Lingua Portuguesa), respalda a inclusão desta imensa platéia (segundo o Censo Brasil de 2010, são 9.722.163 pessoas no país), ao acesso às artes.  

Por isso, o Grupo Tom Brasil, que compreende as casas de espetáculo Vivo Rio, no Rio de Janeiro, e Hsbc Brasil, em São Paulo, passará a transmitir suas peças de teatro em Libras (Língua Brasileira de Sinais). A estreia será no dia 5 de julho no Vivo Rio com “Os Suburbanos”, seguindo-se “Comício Gargalhada no dia 20 de julho e “Nóis na Fita” nos dias 21 e 22 de agosto, ambos no HSBC Brasil em São Paulo.

As peças, encenadas pelos globais Rodrigo Sant´anna e Talita Carauta (“Os Suburbanos”), novamente Rodrigo Sant´anna (Comício Gargalhada”), Marcius Melhem e Leandro Hassum (“Nóis na Fita”), contarão com a transmissão ao vivo em LIBRAS por meio dos telões da casa.

Para a estreia, foram convidados e confirmados 50 surdos na platéia, e participantes das atividades do INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos do Rio de Janeiro). Todos poderão se divertir com os esquetes cômicos dos artistas em cena, compreendendo os diálogos com qualidade técnica e visual.

Rafaella Sessenta, coordenadora da Arte Libras, convive com surdos desde criança e é casada com um. Intérprete de Libras, está acostumada a transformar ambientes acessíveis para os surdos e a difundir a Língua Brasileira de Sinais, apresentando-se em programas de TV, interpretações de programas, jornais, filmes, documentários, propagandas,  classificações indicativas e mantendo na internet um canal de vivências permanente para levar adiante a sua missão de proporcionar a inclusão dos Surdos e ou Deficiente Auditivo na sociedade, educação, cultura e mídia.

Ela foi responsável por um “piloto” de como serão estas apresentações,  ajudando no posicionamento das câmeras e no enquadramento dos intérpretes no telão, buscando garantir maior comodidade a todos – artistas, público ouvinte e surdo. 

Na ocasião, Claudio Ramalho, surdo oralizado, professor de Educação Física, Instrutor de Libras Nível Superior com certificação do ProLibras/MEC, formado também no curso de Letras/Libras na USP, falou sobre a importância do projeto para a socialização dos surdos e seu desenvolvimento: “Muitos ainda são vistos como anormais, doentes mentais  ou marginais. Precisamos de uma política cultural que promova a Linguagem como acesso, para que as pessoas, todas elas, possam se relacionar normalmente, tanto na vida comum quanto no mercado de trabalho”.

Quem ouve bem provavelmente não faz ideia das dificuldades que os surdos têm para entender um filme ou uma peça de teatro. Há um projeto na Câmara que obriga a legendagem de todos os filmes exibidos em cinemas. Nos teatros, a proposta sugere que os textos das obras apareçam de forma acessível, por meio de material impresso, legendas ou Libras. A transmissão das peças será feita por Rafaella Sessenta e Monica Souza.

http://br.noticias.yahoo.com/espet%C3%A1culos-do-grupo-tom-brasil-ser%C3%A3o-transmitidos-em-libras.html
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