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LEI DE COTAS COMPLETA 21 ANOS E MOSTRA QUE INCLUSÃO É POSSÍVEL
24/07/2012LEI DE COTAS COMPLETA 21 ANOS E MOSTRA QUE INCLUSÃO É POSSÍVEL
Lei diminuiu preconceitos, tornou
ambientes de trabalho mais acessíveis e estimulou pessoas com
deficiência a buscarem capacitação profissional. Mas só atingiu 25% de
sua meta.
Na
terça-feira (24 de julho), um ato público celebra os 21 anos da Lei de
Cotas, com shows e feira de serviços no Pátio do Colégio, centro de São
Paulo, das 10h às 14h.
Atualmente,
existem cerca de 306 mil pessoas com deficiência formalmente empregadas
no Brasil. Desse total, mais de 223 mil foram contratadas graças à Lei
de Cotas, que no próximo dia 24 de julho, completa 21 anos de
existência.
A
chamada Lei de Cotas (artigo 93 da lei 8.213) estabelece que toda
empresa com cem funcionários ou mais deve destinar 2% a 5% (numa escala
crescente, proporcional ao número de funcionários) dos postos de
trabalho a pessoas com deficiência.
Desde
que entrou em vigor, a lei já transformou a vida de milhares de
brasileiros, que tiveram ampliadas as chances de entrar no mercado de
trabalho, reduzindo o preconceito que imperava no ambiente profissional.
Para
comemorar a data, instituições públicas, privadas e da sociedade civil
promovem um ato no Pátio do Colégio, região central de São Paulo. De 10h
às 14h, artistas com deficiência e lideranças do segmento se revezarão
num palco montado no local. Também haverá estandes de órgãos públicos
esclarecendo sobre direitos e serviços voltados às pessoas com
deficiência.
Faltam 700 mil empregos
Embora
haja muito a comemorar, essas 306 mil carteiras assinadas ainda
representam apenas 0,7% do total de empregos formais do país. Muito
pouco diante dos 46 milhões de brasileiros com algum tipo de
deficiência, sendo 29 milhões em idade economicamente ativa.
Além
disso, se todas as empresas cumprissem a Lei de Cotas, deveríamos ter
hoje no Brasil mais de 900 mil pessoas com deficiência empregadas. Ou
seja, a legislação atingiu menos de um quarto de seu potencial.
Mitos ainda atrapalham
Especialistas
em inclusão profissional avaliam que os resultados poderiam ser
melhores se alguns mitos fossem derrubados e o país resolvesse problemas
estruturais.
Um
desses mitos é o de que esses trabalhadores seriam menos produtivos que
os demais e que a adequação do local de trabalho geraria custos
excessivos ao empregador.
Na
verdade, o investimento para adequação do local de trabalho não costuma
exigir mais que a mudança de altura de uma mesa para um cadeirante ou
instalação de um software leitor de tela, permitindo o acesso de uma
pessoa cega ao computador. Em outras palavras, a mudança mais importante
é a de atitude. Com o tempo, o convívio diário com os colegas e a
chefia trata de eliminar qualquer estranhamento.
Outro
argumento muito utilizado pelos críticos da Lei de Cotas é o de que não
haveria candidatos com nível escolar e capacitação profissional para
preencher as vagas oferecidas.
Mas
os organizadores do ato destacam que este é um problema que afeta todos
os trabalhadores. Afinal, assim como a maioria dos brasileiros, muitas
pessoas com deficiência não tiveram acesso a uma educação de qualidade
ou não puderam avançar nos estudos. Por isso, sobram vagas no mercado de
trabalho em geral e não entre as geradas pela Lei de Cotas.
SERVIÇO
ATO EM COMEMORAÇÃO AOS 21 ANOS DA LEI DE COTAS
Dia 24 de julho – 10h às 14h
Pátio do Colégio – Centro - São Paulo
TODOS ESTÃO CONVIDADOS!!